domingo, 11 de outubro de 2009

Compreendo-te



Quando tentas o teu melhor
Mas não és bem sucedido…
Sabes o que é estar tão perto
Que sentes cruelmente o quanto te estás a afastar.
Sobes uma escada e atinges o patamar
Cais pela rampa sem ter nada para te agarrar
Não podes parar nem decidir recomeçar
Sofres por ti e pelos outros
Por aquilo que já é tarde para tentar
E continuas…
Porque não há nada que te prenda àquele instante
Nada que queiras recordar como brilhante
E olhas para os que te rodeiam buscando algo
Talvez força que, itinerante,
Te deixa chegar ao primeiro andar.
Tens a ilusão de que já triunfaste
Mas o sonho está a te enganar
O prédio tem mil andares
E muitos ainda serão os olhares
De dor, tristeza e solidão
Angústia num tão pequeno lugar
Aquele onde guardamos o coração.