quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A espera

















Ela está ali à espera
Sentada não quer, apesar da longa demora

Vale-lhe a calmaria que o ar lhe dá
E a luz cinzenta do envergonhado sol de inverno
Que ameaça um desfecho menos risonho.

Deixa de estar de pé
Uma simples borda do passeio é perfeita
Acreditando lá não ter de ficar por muito tempo

Daqui a um quarto do relógio tudo se resolverá

Um dia passa

E ela espera

E continua a acreditar

Mas as pedras da calçada são duras
A chuva ameaça por entre as nuvens

Não há nada a fazer

O rapaz levanta-se e vai embora.

domingo, 2 de janeiro de 2011

A preto e branco


















Ontem fui ao mar
Fui amar
Mas o mar não me queria lá
Queria o sol
Que nele estava a pousar
Insisti
E fui caminhar
Para o amor encontrar
Num ramo de rosas brancas perdido
Destruído
Era aquele o lugar para me sentar
E esperar pela onda do mar
Que me fosse abraçar