quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Se as saudades matassem




Para quê deitar-me, se é para chorar?
Se é para me lembrar?
Porquê recordar, se é para sofrer?
Se é para não entender?
Para nunca mais o teu olhar encontrar?
Ou o teu abraço me embalar?
Para quê o porquê de tudo o que é bom ter de acabar?
Porque é que nunca se fica com o que se quer ficar?

A saudade veio para matar…

sábado, 18 de agosto de 2012

Uma simples porta


Aquela porta existe.
Está lá. 
Descomprometida.

Não me perguntem se de madeira ou ferro,
Se verde ou azul,
Mas lembro-me de como era velha, estreita, ruidosa,
Pouco interessante e pouco tentadora
Porém, era o que estava para além dela que interessava
Um mundo de alegria, risos, olhares, gargalhadas,
Confidências, carinho, partilha
E tanto mais por que valia a pena viver…

Momentos
Lembrados apenas
Por quem teve a coragem de atravessar algo tão frágil e sensível
E ainda tinha ousadia para tanto mais.

Acontece que a porta não mais se abriu…

O mundo está lá
Com mais vida que nunca
Só não é para mim.