quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A espera

















Ela está ali à espera
Sentada não quer, apesar da longa demora

Vale-lhe a calmaria que o ar lhe dá
E a luz cinzenta do envergonhado sol de inverno
Que ameaça um desfecho menos risonho.

Deixa de estar de pé
Uma simples borda do passeio é perfeita
Acreditando lá não ter de ficar por muito tempo

Daqui a um quarto do relógio tudo se resolverá

Um dia passa

E ela espera

E continua a acreditar

Mas as pedras da calçada são duras
A chuva ameaça por entre as nuvens

Não há nada a fazer

O rapaz levanta-se e vai embora.

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